domingo, 31 de março de 2013

Cidades europeias focam em turismo gay, setor que cresce apesar da crise

Viena quer atrair visitantes GLBT interessados em cultura e música. Berlim lança guia de hospedagem e Bulgária cria site para esse público.

Pavilhão gay BerlimOs turistas GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros), um dos poucos segmentos que continua gastando com viagens apesar da crise, estão sendo disputados pelas cidades europeias.

De acordo com dados do “LGBT Travel Report 2013” (relatório de viagens GLBT de 2013), as viagens de lazer desse público devem aumentar quase 10% neste ano, movimentando US$ 181 bilhões.

Briand Bedford-Eichler, editor do guia Spartacus, sobre hospedagem “gay friendly”, afirma que a aceitação do setor gay tem aumentado – assim como a consciência de que os viajantes homossexuais tendem a sair de férias de três a cinco vezes ao ano, e não apenas para viagens curtas.

Spartacus"Mais empresas querem oferecer produtos nesse mercado porque sabem que é muito lucrativo”, diz. “É um nicho que não foi afetado pela crise. Os gays continuam viajando e gastando.”

Viena
O destino que mais recentemente anunciou medidas para atrair esse público é Viena. Autoridades da capital austríaca divulgaram neste mês uma nova estratégia para o turismo voltada para os viajantes gays interessados em música, cultura e história.

Goldener SpiegelA ideia é se diferenciar de outras cidades que normalmente querem atrair esse público com festas e vida noturna agitada, e atingir aqueles que buscam ópera, boa comida e passeios culturais. "Viena não é uma Mykonos, e não deve ser", disse Clemens Koeltringer, analista de marketing do escritório de turismo da cidade, referindo-se à ilha grega que é um destino gay conhecido por suas baladas.

Um estudo com os estrangeiros que visitam Viena mostrou que os turistas GLBT recebem por mês, em média, 385 euros a mais do que outros grupos.

O guia oficial de turismo GLBT na cidade sugere tours a pé até o Palácio Belvedere, construído pelo príncipe Eugênio de Savoia – um general que, segundo historiadores, era gay, -- e à Ópera de Viena, projetada por dois arquitetos gays.

Alemanha, Bulgária, Espanha
Durante a ITB Travel Fair, feira mundial de turismo realizada em Berlim no início deste mês, vários destinos promoveram suas credenciais “gay friendly”. Alemanha, Bulgária e Espanha eram alguns deles.

LoewenherzA entidade de promoção turística VisitBerlin lançou o “Pink Pillow Berlin Collection”, uma rede de hotéis que recebem bem o público GLBT.

Na Espanha, Madri, Barcelona, San Sebastian e Sitges já têm estratégias para atrair mais visitantes LGBT, reconhecendo que é um setor importante e lucrativo.

Stefan Dimitrov, consultor da região litorânea búlgara Sunny Beach, no Mar Negro, afirma que notou um significativo aumento no número de visitantes na seção gay do local. Ele criou um blog e um site oferecendo dicas e pacotes de viagem para esse público. "O interesse durante a feira foi tão grande que tive que imprimir mais panfletos para dar conta da demanda", afirma.

fonte: G1

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