Ativistas resolveram criar um evento ativista mais politizado e cancelar a Parada
Pela primeira vez, em 11 anos, Campo Grande não terá a parada gay. A entidade que promove o evento, preferiu neste ano produzir ações mais profundas e politizadas, focadas em palestras, discussões de políticas públicas e debates acerca dos problemas enfrentados pela comunidade LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Simpatizantes), e cancelou a Parada.
A Parada Gay de Campo Grande atraía cerca de 30 mil pessoas a cada edição. “A parada é um dia de orgulho à luta e às conquistas, mas esse ano, com a eleição do Marcos Feliciano [PSC-SP], não tem muito o que comemorar”, afirmou Cris Stefanny, uma das integrantes da entidade que organiza o evento.
“As coisas tem ficado cada vez pior. O que a gente tinha avançado no governo Lula retrocedemos no governo Dilma. Temos um PT, mas duas medidas diferentes” acrescentou. “É muito mais fácil a gente sentar, agregar um grupo para conscientização e militância do que fazer a parada aonde a maioria não vai comprometida com o movimento, mas com a parte festiva”, disse. “A gente sabe que o público não vai ser o mesmo, mas se você atingir 100 pessoas em uma formação política você estará formando 100 pessoas que vai reproduzir isso”, disse. Na parada, completou, por mais que se tente politizar o evento, “90% dos que vão estar ali não vão fazer isso”, declarou.
“Cadê o povo LGBT, a sociedade LGBT, só existe quando tem parada?”, ela questiona, antecipadamente.
fonte: MixBrasil
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