quarta-feira, 5 de junho de 2013

Reino Unido: Casamento gay supera novo obstáculo no Parlamento

A Câmara dos Lordes britânica se pronunciou nesta terça-feira contra uma emenda que poderia enterrar o projeto de lei promovido pelo governo para legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo na Grã-Bretanha.

Após um debate de dois dias que confirmou as profundas divisões na Câmara Alta do Parlamento, apenas 148 membros se pronunciaram a favor da emenda para impedir uma segunda leitura, enquanto 390 votaram a favor de levar o processo adiante.

O texto já foi aprovado em 21 de maio, na Câmara dos Comuns, depois de um acordo entre o governo de coalizão do conservador David Cameron e a oposição trabalhista para compensar uma tentativa dos deputados da ala mais dura dos 'Tories' de afundar o projeto.

Os críticos do casamento homossexual argumentam que sua legalização destruirá o conceito tradicional do matrimônio. Já seus defensores insistem na necessidade da igualdade.

O resultado da votação desta terça-feira foi recebido com entusiasmo do lado de fora do Parlamento por um grupo de manifestantes favoráveis à iniciativa.

'Essa é uma vitória para o amor, o casamento e a igualdade', comemorou Peter Thatchell, um conhecido defensor da causa gay.

O projeto de lei propõe a legalização do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo na Inglaterra e no País de Gales. Também permitirá a união no religioso, com a única exceção sendo para a Igreja Anglicana oficial.

O primaz da Igreja da Inglaterra, o arcebispo de Canterbury Justin Welby, que ocupa uma cadeira na Câmara, afirmou hoje durante o debate que o casamento entre pessoas do mesmo sexo 'abolirá' a instituição atual e a substituirá por outra mais fraca que 'não será nem igualitária, nem eficaz'.

O debate continua agora na Câmara dos Lordes. Se alguma emenda for apresentada, o texto voltará para a Câmara dos Comuns. A previsão é que, se aprovado, os primeiros casamentos poderão começar a ser realizados em meados de 2014.

Até agora, 14 países legalizaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo, entre eles Argentina, Espanha e Uruguai.

fonte: G1

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