terça-feira, 2 de julho de 2013

Alagoas: Denúncias de violência contra homossexuais crescem 282%

Dados são da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. A maior parte das vítimas são homens.

Segundo a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, o número de denúncias de homofobia cresceu 282% entre 2011 e 2012 em Alagoas. A homofobia é caracterizada não apenas pela violência física, mas qualquer ato de discriminação e é considerada crime. Em todo o país, o número de registros também cresceu. A maior parte das vítimas são homens (71,38%).

O jornalista Bruno Albyran conta que passou por um constrangimento em um restaurante por causa da opção sexual. “Eu fui para um restaurante e ele oferecia promoção para casal. Quando solicitei o prato que estava na promoção, os funcionários praticaram ação violenta e não ofereceram o serviço”, falou.

O secretário de Estado da Defesa Social, Dário César, disse que existem várias formas de denunciar. Para ele, o aumento significa que as pessoas estão tendo mais coragem para fazer a denúncia. “Os números mostram que as pessoas não estão mais sofrendo caladas. Isso representa que a população não está tolerante”, observou.

A população jovem GLBT é a que mais sofre esse tipo de agressão. Outra característica é que 60% das vítimas conheciam os agressores.

Para o presidente do Grupo Gay de Alagoas, Nildo Correia, ainda há muito a ser feito pelo poder público para mudar esta realidade. “A aprovação do conselho estadual [LGBT] é um deles, mas infelizmente muita coisa não avançou, como a proposta do Plano Estadual e Municipal que não saíram do papel”.

Dário César argumenta que ações efetivas surgiram das reuniões do grupo de trabalho criado há cerca de seis meses, com a participação da sociedade, entidades e do governo. “Primeiro fizemos o levantamento de todos os inquéritos policiais e prendemos muitos dos autores. Em alguns dos casos, percebemos que a causa não era homofóbica, mas homoafetiva. Também orientamos que qualquer curso extracurricular tivesse uma disciplina que abordasse o grupo LGBT”, completou.

fonte: G1

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