terça-feira, 30 de julho de 2013

São Paulo: 42% dos jovens homossexuais nem sempre utilizam preservativos no sexo, diz pesquisa

Pesquisa aponta que 33,3% dos jovens gays já ultrapassaram 10 parceiros sexuais

Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que 42% dos jovens homossexuais do sexo masculino nem sempre usam preservativos nas relações sexuais. Os dados foram coletados durante a Parada LGBT de 2013 na cidade de São Paulo, realizada no dia 2 de junho, na Avenida Paulista.

Profissionais da Casa do Adolescente, unidade da Secretaria, ouviram 108 jovens, de ambos os sexos biológicos, com idades entre 10 e 24 anos, que se consideram lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros. No total, 20% afirmaram que o uso de camisinha nas relações por vezes acontece, por vezes, não. Mas esse índice foi maior entre os entrevistados do sexo masculino.

Entre o público do sexo feminino, 43,7% afirmaram nunca usar preservativos nas relações sexuais, enquanto entre as pessoas do sexo masculino esse percentual foi de 3,3%. Entre as mulheres, a principal justificativa para não usar o preservativo é que elas acreditam que sexo entre mulheres não necessita deste tipo de prevenção. Já entre os homens, parceiro fixo é o principal motivo para não usar camisinha.

A mesma pesquisa indicou que 33,3% dos jovens do sexo masculino e 16,7% do sexo feminino já ultrapassaram dez parceiros sexuais. Do total de entrevistados, 87% acham que o público LGBT é mais vulnerável ou corre mais riscos que os heterossexuais, e 20% citaram as doenças sexualmente transmissíveis como principal risco.

“Não é por falta de informação que estes jovens deixam de utilizar o preservativo. Eles têm esse conhecimento, mas por insegurança ou falta de intimidade acabam negligenciando o uso e não exigem isso do parceiro, o que é um erro, pois ficam expostos a diversas doenças sexualmente transmissíveis”, diz Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do Programa Estadual de Saúde do Adolescente.

Inaugurada em 1991, a Casa do Adolescente de Pinheiros serviu como uma espécie de laboratório de novas políticas de saúde para jovens. Com diversos prêmios internacionais, a Casa oferece atendimento multidisciplinar por meio de médicos, dentistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos e professores. Há também oficinas, bate-papos e terapias em grupo para que os jovens exponham seus sentimentos e recebam orientação especializada.

A Casa mantém também o Disque Adolescente, um canal de comunicação para que jovens tirem suas dúvidas sobre sexo seguro, anticoncepcionais, relacionamentos afetivos, entre outros assuntos. O atendimento telefônico é feito por uma equipe formada por médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais que prestam orientações. O Disque Adolescente funciona de segunda à sexta-feira, das 11h às 14h, pelo número (11) 3819-2022.

fonte: MixBrasil

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